Domingos no Parque

A rã-verde (Rana perezi) com vida predominantemente aquática e coloração em geral esverdeada, daí o seu nome comum, depende de água doce e ocorrem numa vasta gama de habitats, desde ambientes húmidos nas regiões temperadas, temperadas frias, a oásis em desertos. Em maio, a rã põe uma massa de ovos que se juntam em blocos e que em contacto com a água se tornam gelatinosos. Depois da fecundação, cada um contém uma pequena pinta preta, o embrião. Depois transformam-se numa larva com cauda e sem pernas, o girino e ao fim do primeiro mês de vida, o girino respira por brânquias, como um peixe. Depois as pernas crescem, fecha-se a cavidade branquial, os pulmões desenvolvem-se e o girino pode respirar fora da água. Após uma série de metamorfoses, que duram três meses, transforma-se em rã.

(Fotografada em Couce-Valongo)

A Anax imperator é uma libélula comum e distinta de origem africana a qual colonizou recentemente grande parte do norte da Europa. Os machos são facilmente reconhecíveis pelo hábito de patrulhar o território, de tórax verde e abdómen azul com uma risca preta a meio do dorso. As fêmeas, como nas fotos em anexo, põem ovos, na maior parte das vezes, a flutuar na vegetação estando, portanto, muito expostas e facilmente visíveis. Os ovos são colocados seguros numa planta na interface água-ar.  Ocorrem em zonas húmidas, lagoas, charcos, em cursos de água permanentes e de corrente lenta. Podemos vê-las de Março a Outubro, desde o nível do mar até aos 1800 metros.



  






A Sympetrum sanguineum, que na foto é uma fêmea, é uma libélula familiar em muitas zonas. Pode ser observada em princípios de Abril e Maio no norte de África e no norte da Europa em princípios de Junho sendo muito abundante em Agosto. Prefere água quieta que apresente vegetação semi-aquática, como juncos e caniços.











A Leptotes pirithous, também chamada de cinzentinha, distingue-se pela cor nas asas violetas, com bordos marginais escuros. As suas larvas alimentam-se principalmente de leguminosas, como a Luzerna e os Tojos. Prefere terrenos incultos e expostos ao Sol. Alimenta-se predominantemente de néctar de silvas (Rubus fruticosus), tervo (Trifolium pratense), ajuga (Ajuga reptans) e ranúnculus (Ranunculus spp.).

2 comentários:

Manuela Marques disse...

Grande biodiversidade num só post :)


Boas fotos!
As libelinhas e as borboletas quase nunca consigo apanhá-las pousadas...

Inocêncio Oliveira disse...

Olá Bé

Obrigada

Com muita paciência e persistência (e uma macro ;) também consegues!