O Arminho tem corpo cilíndrico e alongado, patas curtas, pescoço longo, cabeça
achatada e triangular e as suas orelhas são arredondadas. A pelagem de
Verão é castanho arruivada no dorso e creme no ventre, enquanto que no
Inverno é parcial ou totalmente branca, excepto a ponta da cauda que é negra. Muda o pêlo na Primavera e no Outono. Ocupa a maior parte da região Holárctica (Europa, metade Norte da Ásia e
América do Norte) e em Portugal só foi encontrado pela primeira vez em
1985, no distrito de Vila Real. A sua distribuição no nosso país está
restringida a Norte do rio Douro, estando descrita a sua presença no
Parque Nacional da Peneda-Gerês, no Parque Natural de Montesinho e no
Parque Natural do Alvão. Devido ao valor da sua pele, a captura de indivíduos sempre foi o maior
factor de ameaça desta espécie. Para além deste, no nosso país, a
alteração e destruição do habitat, a desflorestação e exploração
florestal e a escassez de informação biológica e ecológica são outros
factores extremamente importantes. O arminho é visto por muitos agricultores como um exterminador
importante de ratos nas quintas e, realmente, alguns estudos indicam que
esta espécie tem de facto um papel importante no controlo das
populações de roedores.