Domingos no Parque

Pontia daplidice
 Pieris napi
 Ischnura graellsii (macho)
 Ischnura graellsii (fêmea)
Manhãs de Domingo muito bem passadas na companhia destas nossas amigas.

Vanessa cardui

 
Esta borboleta conhecida por Bela-dama, é uma borboleta diurna bastante comum em Portugal, podendo ser observada em todo o território. É a borboleta mais difundida por todo o mundo, migrando para qualquer zona de clima temperado, na primavera e, por vezes, no outono. O seu nome comum Vanessa ou Borboleta dos Cardos está relacionado com a sua preferência (tanto em lagarta como em borboleta) pelos cardos.

Felosa-poliglota / Hippolais polyglotta



Foi a primeira vez que vimos a Felosa-poliglota (Hippolais polyglotta) aqui no parque. Distribui-se por todo o território e está presente de Abril a Agosto.
Para saber mais sobre a espécie faça um click sobre o nome da ave.

Arminho / Mustela erminea


O Arminho tem corpo cilíndrico e alongado, patas curtas, pescoço longo, cabeça achatada e triangular e as suas orelhas são arredondadas. A pelagem de Verão é castanho arruivada no dorso e creme no ventre, enquanto que no Inverno é parcial ou totalmente branca, excepto a ponta da cauda que é negra. Muda o pêlo na Primavera e no Outono. Ocupa a maior parte da região Holárctica (Europa, metade Norte da Ásia e América do Norte) e em Portugal só foi encontrado pela primeira vez em 1985, no distrito de Vila Real. A sua distribuição no nosso país está restringida a Norte do rio Douro, estando descrita a sua presença no Parque Nacional da Peneda-Gerês, no Parque Natural de Montesinho e no Parque Natural do Alvão. Devido ao valor da sua pele, a captura de indivíduos sempre foi o maior factor de ameaça desta espécie. Para além deste, no nosso país, a alteração e destruição do habitat, a desflorestação e exploração florestal e a escassez de informação biológica e ecológica são outros factores extremamente importantes. O arminho é visto por muitos agricultores como um exterminador importante de ratos nas quintas e, realmente, alguns estudos indicam que esta espécie tem de facto um papel importante no controlo das populações de roedores.

Coenagrion mercuriale, Pyrrhosoma nymphula (cópula)

Pyrrhosoma nymphula (cópula)
 Coenagrion mercuriale (macho)

Ischnura graellsii, Pyrrhosoma nymphula

Ischnura graellsii (fêmea)
Pyrrhosoma nymphula (fêmea)
A semana passada eram duas ou três, esta semana eram mais de meia dúzia.

As pérolas do Parque de Avioso


O orvalho é o resultado da condensação de vapores de água presentes no ar, em forma de gotículas, quando entram em contacto com superfícies com temperatura mais baixas.  Estas gotículas vistas mais de perto são pérolas perfeitas deixadas pela natureza.

Ilustração Científica

Depois de um pedido da amiga Manuela do "Voz de Berço", publico estas duas ilustrações das borboletas Inachis io e Vanessa virginiensis, neste blog já referenciadas. Estas borboletas são algumas das preciosidades que ocorrem no nosso território e que podem ser vistas ocasionalmente no Parque de Avioso.


As primeiras libélulas da temporada no parque

 Pyrrhosoma nymphula
 Ischnura graellsii
São as primeiras espécies a aparecer e as mais comuns com as condições ideais aqui no Parque de Avioso.

Pyrgus malvae malvoides


O Pyrgus malvae malvoides é uma borboleta da família Hesperiidae. Não se encontra ameaçada, aparecendo em Portugal, muito dispersa e relativamente frequente, de Abril a Setembro em terrenos com muita humidade, localizados perto de ribeiros e regatos.

Libellula depressa

A envergadura desta espécie é de cerca de 70 mlímetros. O macho é de cor azul pálido enquanto que a fêmea tem o abdomen de cor de mel escuro, excepto nos lados que são amarelos. Vivem principalmente em águas tranquilas como lagos, tanques ou rios de corrente muito lenta e com vegetação nas margens. Os adulto são activos de Maio a Setembro. Voam muito depressa sobre a água em busca de presas e outras libélulas rivais. Têm como característica regressarem ao mesmo pau ou folha quando repousam para se aquecerem.

Louva-a-deus / Mantis religiosa

O Louva-a-deus é um insecto da ordem dos Mantodea. Há cerca de 2400 espécies de louva-a-deus na sua maioria em ambiente tropical. O seu nome deriva do facto de que, quando está pousado, o insecto lembra uma pessoa orando. São predadores agressivos que caçam principalmente moscas e afídios. A caça é feita em geral de emboscada, facilitada pela capacidade de camuflagem do louva-a-deus. São um factor muito importante no controlo de pragas de jardim pelo que são muito bem vindos pelos amantes de jardinagem e agricultura biológica não sendo necessário o uso de pesticidas. 
O louva-a-deus são insectos relactivamente grandes, de cabeça triangular, tórax estreito e abdómen bem desenvolvido. O ritual de acasalamento , que decorre por volta do Outono, é uma época de perigo para os machos uma vez que a fêmea muitas vezes acaba por os matar e comer. Depois do facto consumado a fêmea põe entre 10 a 400 ovos numa cápsula endurecida que deposita no chão ou enrolada numa folha.

Ochlodes sylvanus


Podem ser encontrados em prados com gramíneas, na orla dos bosques, mas tendem a preferir locais húmidos com bastante sol, como clareiras de florestas, charnecas húmidas e ribeiras. Normalmente emergente em meados de Junho estando presente até Agosto. Um pequeno número de indivíduos podem emergir mais tarde, durante Julho. São atraídos por flores das silvas onde repousam frequentemente nas suas folhas.

Orthetrum coerulescens

Macho
Fêmea
 Imaturo
Comum na região do Mediterrâneo mas mais localizada no centro e norte da Europa. Tem por habitat áreas com água corrente em valas e quando localizada mais a norte, em regiões pantanosas. A temporada de voo situa-se entre Abril e Novembro mas é mais abundante de Junho a Agosto. De notar que o imaturo é notavelmente mais escuro que a fêmea.

Ischnura graellsii

 

Abundante e difundida dentro da faixa ocidental do mediterrâneo, podendo ser observada entre meados de Abril e meados de Outubro. Habita todo o tipo de águas correntes e paradas. Pode-se encontrar duas gerações por ano no norte e até quatro, no sul.

Calopteriyx haemorrhoidalis

Macho
Fêmea

É uma espécie de libelinha que é encontrada no sul da Europa. Encontra-se frequentemente ao longo dos rios em águas límpidas e ricas em oxigénio. O abdómen do macho mostra uma cor carmim distintiva. Voa de Maio a Setembro.

Domingos no Parque

A rã-verde (Rana perezi) com vida predominantemente aquática e coloração em geral esverdeada, daí o seu nome comum, depende de água doce e ocorrem numa vasta gama de habitats, desde ambientes húmidos nas regiões temperadas, temperadas frias, a oásis em desertos. Em maio, a rã põe uma massa de ovos que se juntam em blocos e que em contacto com a água se tornam gelatinosos. Depois da fecundação, cada um contém uma pequena pinta preta, o embrião. Depois transformam-se numa larva com cauda e sem pernas, o girino e ao fim do primeiro mês de vida, o girino respira por brânquias, como um peixe. Depois as pernas crescem, fecha-se a cavidade branquial, os pulmões desenvolvem-se e o girino pode respirar fora da água. Após uma série de metamorfoses, que duram três meses, transforma-se em rã.

(Fotografada em Couce-Valongo)

A Anax imperator é uma libélula comum e distinta de origem africana a qual colonizou recentemente grande parte do norte da Europa. Os machos são facilmente reconhecíveis pelo hábito de patrulhar o território, de tórax verde e abdómen azul com uma risca preta a meio do dorso. As fêmeas, como nas fotos em anexo, põem ovos, na maior parte das vezes, a flutuar na vegetação estando, portanto, muito expostas e facilmente visíveis. Os ovos são colocados seguros numa planta na interface água-ar.  Ocorrem em zonas húmidas, lagoas, charcos, em cursos de água permanentes e de corrente lenta. Podemos vê-las de Março a Outubro, desde o nível do mar até aos 1800 metros.



  






A Sympetrum sanguineum, que na foto é uma fêmea, é uma libélula familiar em muitas zonas. Pode ser observada em princípios de Abril e Maio no norte de África e no norte da Europa em princípios de Junho sendo muito abundante em Agosto. Prefere água quieta que apresente vegetação semi-aquática, como juncos e caniços.











A Leptotes pirithous, também chamada de cinzentinha, distingue-se pela cor nas asas violetas, com bordos marginais escuros. As suas larvas alimentam-se principalmente de leguminosas, como a Luzerna e os Tojos. Prefere terrenos incultos e expostos ao Sol. Alimenta-se predominantemente de néctar de silvas (Rubus fruticosus), tervo (Trifolium pratense), ajuga (Ajuga reptans) e ranúnculus (Ranunculus spp.).

Crocothemis erythraea

  Macho

  Fêmea
Comum e muito difundida em toda a África, Ásia ocidental e sul da Europa, é ainda muito localizada no mediterrâneo. Devido à robustez e agressividade do macho de cor vermelha, a sua observação está a aumentar a norte da Europa. Em Portugal encontra-se bem distribuída. Ocorre em ecossistemas de água parada ou com pouca corrente como ribeiros e ambientes com elevadas concentrações de sal.

Domingos no Parque






A Primavera chegou num mosaico de cores de inconfundível beleza presente nas plantas, árvores e animais. Estes pequenos diários de Domingo serão exemplo disso, exemplo da biodiversidade que aos poucos iremos dar a conhecer com mais pormenor e descobrir um mundo de pequenos e grandes seres que estando tão perto de nós temos o dever de os conhecer e preservar.











Ao chegar a Primavera, a Vanessa atalanta emigra desde o Mediterrâneo em direcção ao Centro e Norte da Europa. Alimentam-se de urtigas, plantas comuns no nosso parque mas que urge manter os seus tufos em lugares soalheiros, tão necessário para a sua sobrevivência e também de outras espécies. Nas fotos podemos observá-la a sugar os minerais da terra com a sua espiritromba (estrutura tubular, com a qual absorvem os líquidos nutritivos).



Mais uns metros à frente e encontramos esta libélula chamada Coenagrion mercuriale, dispersa em Portugal mas algo localizada sendo considerada uma espécie ameaçada com populações reduzidas e uma das poucas espécies protegidas em Portugal. É, portanto, de suma importância protege-la neste pequeno habitat junto ao pequeno curso de água onde se encontra e proteger a vegetação marginal, essencial para a sua existência e sobrevivência.



Pyrrhosoma nymphula é uma das libelinhas mais comuns em Portugal sendo uma das primeiras a aparecer nas nossas latitudes. Aparece em águas correntes, oxigenadas e com bastante vegetação e é neste habitat que se encontra aqui no parque.


 

Nesta curiosa foto vemos a fêmea a colocar os ovos em tandem, esta palavra é utilizada para descrever a posição deste tipo de acoplamento entre macho e fêmea. As fêmeas depositam os ovos em plantas aquáticas, como na imagem e durante o 1º ano as larvas vivem entre essas mesmas plantas.