Sou uma borboleta bem distribuida por todo o território de Portugal e não sou uma espécie ameaçada. O meu prato preferido são as leguminosas tais como trevos, luzernas, etc., por isso sou mais fácil de ser vista em campos com estas plantas mas apareço também noutros habitats. Sendo eu uma borboleta migradora podes-me encontrar em qualquer altitude mas quando em lagarta e crisálida não suportamos o frio, por isso para nos multiplicarmos precisamos de estar abaixo dos 1000m.
Estrelinha-real / Firecrest / Regulus ignicapillus
Sou uma das mais pequeninas aves em Portugal, a mais pequena é a minha prima Estrelinha-de-poupa. Consegues ouvir-me antes de me ver. O meu canto é muito fininho uns zit...zit...zit muito agudos que denuncia fácilmente a minha presença. Frequento bosques, jardins e parques como este de Avioso que é um bom habitat, principalmente de Inverno pois no Verão prefiro os bosques de altitude para poder ter as minhas crias nas coníferas ou cedros. Sou muito irrequieta e ando constantemente atarefada a comer insectos e aranhas que encontro principalmente, nos carvalhos e sobreiros.
Fotogafada
em Dezembro 2008,
Estrelinha-real,
Regulus ignicapillus
Vanessa virginiensis
Tenho o fundo laranja rosado, as asas anteriores com manchas escuras salpicadas de pontos brancos e manchas escuras por toda a face superior. Na face inferior tenho dois ocelos grandes e linhas brancas sobre fundo castanho claro. Estou presente em todo o território, entre Março e Dezembro em lugares incultos com cardos, mas sou mais comum no litoral.
Fuinha-dos-juncos / Zitting Cisticola / Cisticola juncidis
Sou uma ave pequenina de cor castanha e com dorso riscado. Não sou fácil de observar porque escondo-me frequentemente na vegetação mas consegues distinguir-me facilmente pelo meu canto característico emitido em voo. Consiste num único "zit...zit...zit..." em intervalos de cerca de um segundo. Não gosto nem um bocadinho do frio por isso é muito difícil a minha presença em zonas serranas no interior norte e centro, consegues encontrar-me com grande facilidade nas terras baixas do litoral.Construo o meu ninho no solo em vegetação rasteira.
Fotogafada
Cisticola juncidis,
em Setembro 2008,
Fuinha-dos-juncos
Chapim-real / Great Tit / Parus major
Sou uma das espécie de chapins mais vistosa e muito fácil de identificar devido ao meu peito amarelo com uma faixa preta que liga a garganta ao abdómen. O meu dorso é castanho-esverdeado e a cauda azul-clara de comprimento médio e chanfrada, com as penas extremamente brancas. Gosto muito de zonas de mata densamente arborizados mas também sou comum em jardins onde posso encontrar bagas e sementes embora a minha dieta alimentar seja constituída essencialmente por insectos como esta lagarta verdinha suculenta. Assim como o meu parente Chapim-preto, faço o meu ninho em cavidades de árvores revestidas por materiais macios (penas, musgos, etc.).
Fotogafada
Chapim-real,
em Abril 2008,
Parus major
Ouriço-caxeiro / European hedgehog / Erinaceus europaeus
Andava a explorar o território enquanto a minha mamã foi arranjar comida. Neste dia estava cheio de sono porque sou um animal essencialmente nocturno embora me possas observar nas últimas horas do dia e ao amanhecer. A minha comida favorita são invertebrados que se encontram no solo, minhocas, escaravelhos, lagartas, aranhas e lesmas embora por vezes coma ovos e pequenos vertebrados como sapos, lagartos e crias de roedores e aves mas também como insectos, daí ser muito importante a nossa exitência para controlar as pragas, sendo o maior insectívoro da nossa fauna. A maior parte das pessoas não sabe mas também sou um excelente nadador daí que por vezes também coma peixe. Tenho que me alimentar muito bem porque hiberno entre Novembro e Março e preciso de muitas reservas. Os furões e as corujas assim como as raposas e texugos são as nossas maiores ameaças, mas a minha mãe já me ensinou que se me sentir ameaçado enrolo-me todo porque os meus espinhos longos e aguçados protegem-me, mas o melhor é confiar na minha coloração acastanhada como camuflagem e na minha audição e olfato apurados para evitar estes encontros desagadáveis.
Fotogafada
em Junho 2008,
Erinaceus europaeus,
Ouriço-caxeiro
Alvéola-branca / Pied Wagtail / Motacilla alba
Sou uma ave esbelta e de constituição delgada, meço aproximadamente 19,5cm. Sou muito comum e estou espalhada por quase todo o mundo, Europa, Ásia e África. O meu bico é alongado e fino próprio para uma alimentação à base de insectos. Tenho como características mais marcantes a minha longa cauda que oscila continuamente para cima e para baixo e uma unha extremamente comprida no dedo posterior. Basicamente sou de cor cinzenta em cima e branca na parte debaixo, a minha face é branca e pescoço preto, a minha prima britânica macho tem o dorso preto. Ando sempre num corrupio constante em espaços abertos onde possa ver e perseguir melhor as minhas presas, esta não teve sorte e passou a ser refeição dos meus filhotes. Encontras-me com frequência perto de habitações e de água onde existe uma grande abundância de insectos. Construo o meu ninho em qualquer concavidade, num tronco de uma árvore, num buraco de um muro, num local abrigado de um telhado. Geralmente tenho cinco a seis crias que saem do ninho por alturas da Primavera.
Fotogafada
Alvéola-branca,
em Julho 2008,
Motacilla alba
Chapim-preto / Coal Tit / Parus ater
Chamo-me Chapim-preto porque a parte superior do meu corpo é revestido com uma plumagem de um modo geral escura, exceptuando uma mancha branca na nuca. A parte inferior é branca acinzentada desde o peito até o abdómen terminando com uma cor cinzenta azulada no uropígio. Sou residente em Portugal, sendo bastante comum em matas de pinhal e carvalhal podendo também habitar em jardins. Alimento-me principalmente de insectos mas as sementes também fazem parte da minha dieta alimentar. Faço o ninho num buraco de uma árvore composto por musgos e revestido no interior com materiais muito macios e quentinhos. Na Primavera tenho duas ninhadas consecutivas tendo a particularidade da segunda ter sempre menos um ovo que a primeira.
Fotogafada
Chapim-preto,
em Setembro 2007,
Parus ater
Trepadeira / Short-toed Treecreeper / Certhia brachydactyla
Encontras-me em bosques parques e jardins, pendurada sempre em troncos à procura de pequenos insectos. Sou uma ave residente em Portugal. Com um comprimento de 12 a 13 cm, uma cor parda e listras castanhas na parte superior e brancas no abdómen, possuo uma cauda rígida que me ajuda a sustentar nos troncos das árvores enquanto procuro insectos. Como as minha patas são muito curtas dá a impressão de estar agachada contra o tronco onde pouso. Neste momento estou muito atarefada à procura de insectos e pequenas aranhas ensinando o meu filhote a procurar alimento utilizando o meu bico fino e arqueado para capturar as presas das cascas das árvores. O facto de percorrer as árvores em elipse no sentido ascendente comendo os insectos do tronco é muito importante libertando-as de pragas e parasitas. Afinal ela dá abrigo às minhas crias. Sou muito extremosa na construção do ninho. Escolho o melhor de três que o meu companheiro começa, no início da Primavera, numa cavidade de um tronco em forma de taça. Coloco aí os meus seis ou sete ovos brancos com manchas acastanhadas. Depois da incubação, cerca de 15 dias, nascem estes pequenos que me perseguem por todo o lado.
Fotogafada
Certhia brachydactyla,
em Agosto 2007,
Trepadeira
Tentilhão / Common Chaffinch / Fringilla coelebs
Sou pequenino, tenho aproximadamente 15 cm mas tenho um canto afectuoso. Sou muito frequente em Portugal, as minhas cores são vivas mas tenho a particularidade de mudar a cor da minha cabeça e dorso de cinza azulado para castanho durante o Inverno. A minha companheira e os meus filhotes são mais discretos com uma cor cinzenta esverdeada. Por falar neles, são seis lindos bébés num ninho muito bem camuflado com líquenes e musgos. A nossa dieta contém só sementes, mas para os pequenos temos que lhes dar insectos para crescerem fortes e saudáveis. Se estiveres atento vais ver como me consegues ver, gosto muito de cantar, mas atenção, não te aproximes muito de mim senão eu fujo, não gosto de confusões e assusto-me com facilidade.
Fotogafada
em Fevereiro 2008,
Fringilla coelebs,
Tentilhão
Borboleta Zebra / Iphiclides feisthamelii
Gosto de voar de dia, sou uma borboleta diurna. Posso ser observada entre meados de Fevereiro até meados de Dezembro mas prefiro os dias ensolarados aos dias de frio mas quem não gosta, os raios de Sol faz-nos brilhar mais e voar melhor. Sou muito vistosa. Tenho riscas pretas e uma cauda enorme, mas não me confundas com a minha prima Papilio Machaon mais conhecida como Cauda de Andorinha, sou mais exuberante mas não digas nada que ela não gosta de comparações. Sou mais conhecida por borboleta Zebra por causa das minhas riscas é que o meu nome verdadeiro não é fácil.
Fotogafada
Borboleta Zebra,
em Julho 2007,
Iphiclides feisthamelii
Poupa / Hoopoe / Upupa epops
A minha plumagem é acastanhada com as asas pretas e brancas e cauda preta. O meu bico longo e recurvado, as patas acinzentadas e curtas mas principalmente a minha poupa pontiaguda bem visível quando erecta, dá-me este aspecto inconfundível e único que faz de mim uma ave diferente de todas as outras. Gosto de vegetação rasteira onde me posso alimentar de insectos e suas larvas assim como minhocas, pequenos anfíbios e pequenas cobras, mas se tiver oportunidade sou capaz de caçar insectos em voo. Os meus dois filhotes já estão grandes mas ainda precisam dos nossos cuidados para se alimentarem. Se forem ao meu ninho, na cavidade de uma árvore vão ter uma surpresa muito desagradável porque tem um cheiro nauseabundo, mas atenção sou uma mãe muito extremosa na limpeza dos meus filhotes, esta é uma estratégia contra os predadores, temos uma glândula uropigial capaz de segregar o líquido responsável pelo mau cheiro que é expelido em caso de ameaça. E agora que me conheces melhor, vais ver como é fácil me encontrar especialmente na Primavera e Verão.
Subscrever:
Mensagens (Atom)